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Nosso blog


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Qual foi a última vez que você viu a lua?


A lua é objeto de fascínio de toda a humanidade e não por acaso, ela é associada à Deusa.

Durante muito tempo nós honrávamos uma única Deusa e assim como a lua, ela era adorada em suas três fases, Donzela. mãe e anciã.


No livro A Deusa Tríplice, em busca do feminino arquetípico, Adam Mc Learn nos conta um pouco sobre o Arquétipo da Deusa tríplice, sua publicação original foi em 1989, mas foi relançado recentemente e ainda bem, pois é um livro que merece ser lido e estudado.


A Deusa e o Patriarcado

A Deusa é parte essencial da humanidade, ela está presente desde os primórdios, em desenhos rupestres e esculturas primitivas. Ela faz parte do nosso ser e mesmo com as tentativas do patriarcado de matá-la, ela se manifesta em todas culturas sob diversos disfarces, como Maria, mãe de Jesus no Cristianismo.


Este patriarcado que estratificou as pessoas, que explora e desperdiça os recursos limitados da terra, que originou guerras, gerou um desequilíbrio. É preciso reconhecer que temos polaridades, todos nós somos masculino e feminino.


(…)”essas polaridades são parte essencial da arquitetura da alma humana.
O mais importante a perceber é a natureza complementar dessas polaridades, o fato de cada polo se confundir com o outro e voltar a se distinguir dele. As polaridades dependem umas das outras; de suas relações e dos seus encontros vem a energia dinâmica da psique, o mercúrio interior da substância anímica que se plena de luz e de move constantemente de um polo para o outro - e que, em seu eterno movimento, descobre e explora criativamente. Sem essa polaridade, nossa vida interior murcharia, seria uma mera flor seca, num reino fossilizado.”

O patriarcado começou a negar a polaridade feminina, criando aos poucos a ideia que um lado é bom e o outro é ruim, sendo que, na verdade elas são complementares. A negação de um dos lados traz desequilíbrio, o que assistimos no mundo hoje é a consequência de aproximadamente 5mil anos de desequilíbrio.


Hoje ressurge um movimento de retorno à Deusa. Mesmo sabendo que ela nunca nos abandonou de fato e este movimento desperta a nossa curiosidade e nosso desejo de conhecer mais sobre ela.



Durante o livro, o autor mostra que a deusa tríplice se manifesta em diversas culturas, apesar de focar nos mitos gregos, é possível encontrar a deusa em outras culturas. Uma ótima forma de (re)conhecer a Deusa.


Deméter, Perséfone e Hécate

Uma das histórias mais conhecidas da mitologia Grega é o mito de Deméter e como surgiram as 4 estações.


Antes do Patriarcado, Deméter era (...) “ “DeMeter", isto é, a Mãe Terra que se manifesta no crescimento da vegetação no ciclo das estações. Ligava-se em especial com os grãos, como a deusa do milho.” Ela era representada em suas três fases, como donzela, mãe e anciã.

Com a fragmentação da Deusa, a fim de enfraquecê-la, surgiram Perséfone e Hécate. Ficando assim Pérséfone como a face Donzela, representando a energia da semente e fazendo a ponte entre Deméter e a natureza acima do solo e Hécate com seu aspecto telúrico, responsável pelas energias abaixo da terra que fazem as plantas crescerem.


Ao analisar o mito sob este ponto de vista, a gente consegue perceber a importância do nosso lado “luz” e nosso lado “sombra”, do consciente e inconsciente, mundo superior e inferior.


Para a árvore crescer frondosa é necessário a luz e o calor que estão acima do solo, mas se for plantada em terra sem energia, suas raízes não podem crescer e a planta não se sustentará.

Hécate é então, a guardiã do nosso inconsciente.


Al-Lat, Al-Uzza e Menat

Antes do austero sistema patriarcal do Islã, os árabes adoravam essa trindade de Deusas do deserto, sendo elas facetas de uma só deusa:


Al-Uzza ("a poderosa") era o aspecto virgem da deusa, guerreira e vinculada à estrela da manhã.

Al-Lat, cujo nome significa apenas "deusa", era a faceta Mãe, ligada à Terra e a seus frutos, regendo a fecundidade.

Menat, a face anciã, regia o destino e a morte.


As três Deusas eram adoradas através de pedras enormes. Maomé, tendo dificuldade em destruir o culto às deusas, substituiu (como a igreja católica fez com os festivais pagãos) este costume ritual por um rito da sua própria religiāo. Ele instituiu o culto da Pedra Sagrada do Islã, a Kaaba, em Meca.


As três Marias

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Pensar em deusa tríplice no cristianismo é quase impossível, mas como eu disse na abertura deste artigo, a humanidade sempre encontrou uma forma de trazer a Deusa para suas tradições. Nos primórdios do cristianismo, o movimento era mais aberto ao feminino e existem representações das três Marias desta época: Maria a Virgem (Mãe de Jesus), Maria de Cléofas (Tia de Jesus) e Maria Madalena (Seguidora mais dedicada de Jesus).


Com o tempo, os sacerdotes elaborou o mito de Maria, tornando-a um arquétipo da perfeição da mulher sendo impossível de ser alcançado por mulheres comuns.


Outras representações da Deusa Tríplice


Muitos mitos em torno da Deusa Tríplice são descritos no livro, aqui eu escolhi três que despertaram a minha atenção, no entanto é válido citar alguns outros para que você possa explorar e encontrar qual mito é para você o mais interessante.


  • Nas lendas Arturianas encontramos o arquétipo tríplice representado por Morgana, Guinevere e a Senhora do Lago.


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  • Nas lendas celtas da tradição galesa, há algumas deusas que podem ser consideradas membros de trindades. Por exemplo, há a tríade de Arionrod, Rianon e Blodeuwed.



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  • No panteão egípcio, Isis era vista como Irmã, Esposa e Viúva de Osíris, o que dar a ela o caráter tríplice.


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  • Na mitologia nórdica, Três Nornas se representavam a deusa tríplice do destino. Eram chamadas, nas lendas, de Urd (o Passado), Verdandi (o Presente) e Skuld (o Futuro). Eram três tecelās que ficavam sentadas do Poço de Urd, situado numa das raízes da Árvore do Mundo, Yggdrasil, e cuidavam do destino dos deuses e dos humanos sem distinção.


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No fim do livro, o autor nos ensina a usar cada um dos vários arquétipos trabalhado para ajudar o nosso relacionamento com nossos componentes femininos, o que Adam chama de Casamento Alquímico interior.


Ele ressalta que tanto a mulher quanto o homem possuem o aspecto tríplice, feminino e masculino:


“Uma compreensão consciente da deusa na sua inteireza é um importante instrumento psíquico interior que a mulher pode usar para ter a experiência das energias que fluem na sua alma. Muitas mulheres, inconscientes dos elementos estruturais de sua psique, estão à mercê de toda faceta da deusa que esteja ativa no seu interior. Com frequência, essas identificações arquetípicas são produzidas por forças exteriores a elas, por pressão da sociedade e dos "papéis" tradicionais. Todas essas pressões procuram moldar as mulheres e levá-las a se conformar, em diferentes momentos da vida, com certos arquétipos. Por isso, deve ter grande importância; para mulher que deseje ter algum controle sobre a sua própria vida interior e, em consequência, sobre a sua expressão exterior sociedade, a compreensão do poder e da arquitetura e potencialidade na da deusa tríplice que nela habita”


Também os homens têm uma faceta tríplice, temos o Homem como Guerreiro, o jovem cavaleiro que corresponde ao aspecto de Donzela da deusa. Depois, podemos reconhecer o Homem como Marido, aspecto maternal da deusa. E a terceira faceta é o Homem como Criador, o homem no papel de artista, de músico, de poeta, de escultor ou escritor,que corresponde a faceta de Anciā ou de sábia da deusa. Assim sendo, os homens trazem em si um aspecto tríplice com o qual têm de se identificar.


“Muitos homens têm grande dificuldade interior em estar à altura das implicações do trabalho com um com essas forças interiores e unir as polaridades numa fusão alquímica interior dinâmico dos opostos -, a alma individual poderá tornar-se verdadeiramente humana e abranger, de modo equilibrado, as forças masculinas e femininas nela contidas.”


Acredito que, para abandonarmos de vez as tradições patriarcais, a tarefa mais importante para a humanidade é equilibrar estas facetas, desenvolvendo nosso interior, poderemos nos afirmar como seres humanos plenos e manteremos ao nosso alcance a nossa essência e o nosso potencial espiritual.


por Thalita Ferreira

@Divinaancestral


Escrito em Litha, Lua Nova, Porto (Portugal)


 
 
 

Atualizado: 2 de out. de 2020



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No artigo anterior contei um pouco da minha experiência pessoal com o cuidado natural com o corpo. Iniciei também a conversa com a Natália, que conta um pouco da sua trajetória com as plantas. Neste a Natália Mivo nos dá dicas de uma rotina de cuidados, como montar um kit básico e falamos um pouco sobre a transição dos produtos de farmácia para o natural. Espero que você goste!

Para ler a parte 1 clique aqui


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Siga-a no instagram:


O que você considera uma rotina interessante de cuidado com o corpo?


A Ayurveda traz uma fala muito interessante: “Não devemos usar em nosso corpo o que não podemos comer”. No princípio deste meu olhar para as cosméticas, eu olhei para as atividades que nossas ancestrais realizavam. Eu pensava, “Naquela época não existia xampu, condicionador, creme, e o acesso a produtos industrializados era difícil, como elas se cuidavam?” Então fui fazendo uma pesquisa perguntando para as mulheres da minha família e conhecendo outras receitas ancestrais. Eu fui descobrindo que elas se cuidavam com as plantas, óleos, manteigas, frutas, verduras, legumes. Muitos são também alimentos, até temperos. Se buscarmos conhecer os princípios ativos das plantas, temos uma gama muito grande de produtos a serem utilizados.



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Não precisamos de muito para cuidar do nosso corpo de forma natural. Se tivermos um óleo de coco, já temos muito! Óleo de coco é vida! Ele é hidratante para pele e cabelo, serve para escovar os dentes, tem ação anti-inflamatória e antisséptica. Mesmo comprando cosméticos naturais, não é necessário comprar vários produtos, geralmente, o mesmo produto você pode usar de diferentes formas.


Você também pode experimentar com chás. Por exemplo o chá de alecrim ou chá de sálvia é ótimo para o cabelo. O enxágue com chá de alecrim (também sálvia e carqueja) é uma receita muito usada ancestralmente no Brasil.


O que você indica como kit básico para ter em casa?

É necessário aprender o que dá certo para você. Os 4 ingredientes abaixo são bem aceitos para a maioria das pessoas, mas você pode ter algum tipo de intolerância a algum deles. O cuidado com o corpo é um processo de autoconhecimento também, você vai criar a sua própria rotina e seu próprio kit com o tempo.



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Precisamos de nos livrar da ideia de que necessitamos de espuma para ter a sensação limpeza. Não precisamos de espuma, a limpeza é uma reação química que pode se dar de forma natural sem químicos. Todos os produtos químicos líquidos de cosmética são detergentes, com produtos tóxicos colocados para gerar espuma.


Dicas para pessoas que querem fazer uma transição dos produtos químicos para o natural?

O primeiro passo é entender a necessidade de fazer esta transição. Entender que mesmo que o produto de farmácia tiver escrito “natural” ou “hipoalergênico”, não é verdade – são produtos agressivos ao nosso corpo e à Terra também.

A transição não é algo fácil, não é linda.


O cabelo e a pele já estão acostumados à um método de ação. Por exemplo: eu uso um xampu que retira todos os óleos naturais do meu cabelo e couro cabeludo, depois uso um condicionador que repõe artificialmente estes óleos. Meu cabelo perdeu o hábito de se equilibrar sozinho. Nossa pele e nosso cabelo têm esta capacidade, de buscar nutrição e equilibrar a oleosidade sozinho. Quando você para de usar produtos químicos, o cabelo e a pele não se reequilibrar da noite para o dia. Há um período de adaptação de mais ou menos 21 dias. A princípio seu cabelo pode ficar muito ressecado (em algumas pessoas pode ficar muito oleoso, opaco, pesado), dependendo dos produtos que você vai transitar. Muitas vezes começamos a transição e desistimos no meio do caminho. Eu perdi a conta de quantas vezes eu desisti e voltei.


Por isso o propósito é tão importante, ele vai nos guiar e nos dar força no processo de transição. E precisamos de ter paciência e aceitar as mudanças que o período de transição traz.


Quando estamos falando de cosméticos naturais, não é só um creme que alguém fez e colocou em um potinho. Os cosméticos naturais são muito mais que isso, são uma escolha de algo que eu vou fazer para o meu autocuidado, meu autoconhecimento. É trabalhar as descobertas, o que te faz bem o que não, é auto-amor! É autonomia e liberdade.

Eu recomendo fazer experiências em casa, criar as suas próprias receitinhas, curtir o seu corpo. Há muitas receitas na internet e também no insta da @costurasaberes.



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Dicas para comprar cosméticos naturais?

Os cosméticos naturais não são comércio, são diálogo. Quando eu participo de alguma feira, as pessoas querem olhar, com medo de conversar pois acham que a queremos convencer a comprar. Mas se a pessoa saiu dali escutando algo que ela nunca ouviu antes, já está muito bom.

Para comprar produtos de cosmética natural, há que conversar. Saber os produtos que ela usa, qual a intenção dela, etc. Também temos que testar no corpo e ver o que funciona melhor. Cada produtor tem suas receitas e cada produto é único, já que é um produto artesanal.


Para ser cosmético natural tem que usar óleo essencial (não essência química), óleos e manteigas prensados a frio (se não fica rançoso depois de um tempo) e matérias primas naturais. O importante é conversar e se identificar com o que ela está fazendo.

Com a Costuras de Saberes eu faço esta conversa pelo instagram ou pelo whatsapp e entrego para todo o Brasil. A partir de Julho de 2020 vou ter também uma lojinha online, com informações de ingredientes, de ação, e a multifuncionalidade de cada produto (creme para corpo + máscara + creme para cabelo).

O cosmético natural tem que gerar autonomia, comprando o mínimo possível e utilizando o mesmo produto para várias áreas do corpo. Precisamos de lava e nutrir, geralmente 2 produtos somente podem fazer isto para todo o corpo.

Últimas palavras?


Os cuidados precisam de ir além daquilo que vamos fazer para nos olhar no espelho. É autodescoberta, autoconhecimento. É curativo, é nossa farmacinha. São terapêuticos. Trabalhamos nosso corpo físico, espiritual e energético.

Fico feliz de ter a oportunidade de passar adiante este conhecimento aqui no Blog da Gineterapia. Gratidão!

Foi um imenso prazer entrevistar a Natália, minha amiga e mana Gineterapeuta!

Como ela, há algumas outras Gineterapeutas pelo Brasil que trabalham com Cosmética Natural. Deixo aqui uma listagem para consulta por estado.


Minas Gerais

Belo Horizonte


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Júlia Braga - Amatree

@amatree.mulher Whatsapp: 31 989366488

Revendedora da Laszlo - Óleos essenciais, óleos vegetais, hidrolatos, argilas, sinergias, entre outros.

100% natural. Alguns produtos podem ser orgânicos.

Envio para todo o Brasil.

Paraná

Curitiba


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Rita Delconte - Freya Alquimia

@freya. Alkimia

Whatsapp: 41 997371462

Perfumes inspirados em deusas e arquétipos (spray e roll on) - envio para todo o Brasil

Atendimento para alquimização do Perfume Personalizado Terapêutico (atendendo via Zoom)

Elaborados sem conservantes, corantes ou fixadores artificiais. 100% natural.

Envio para todo o Brasil.



Por Inês Braga

@florirmagias

@abracadabramagias

Escrito na Lua Minguante em Samhain

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil



 
 
 

Velas, roda do ano, pinhas
Altar de Yule



Tempo de renovação de cura interna e o despertar da magia.



Quando celebrar Yule?

Yule é celebrado por volta do dia 19 a 21 de junho no Hemisfério Sul e 19 a 21 de dezembro no Hemisfério norte é o festival da roda do ano que marca o solstício de inverno e a entrada no signo de câncer, é o primeiro festival da roda do ano, sendo o oposto do festival de Litha que marca a entrada do Solstício de Verão e o ponto de maior potência da luz do ano.


Se no hemisfério norte eles estão vivenciando a força da luz, aqui no hemisfério sul, vivenciamos a esperança do retorno dessa luz na noite mais longa do ano.

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Percebemos a terra se esfriando, as plantas secando, nossa pele ficando acinzentada e pálida e os animais sintonizados com o relógio biológico da terra, indo dormir o sono da beleza, sentindo que o momento é de tranquilidade e de descanso.

Aspecto da Deusa


A Deusa aqui é representada parindo a criança prometida, como a esperança do retorno da luz, bem como a ativação dos portais, das novas ideias, projetos e construção do futuro, conhecemos uma história assim, de uma criança prometida nascida no solstício de inverno como a esperança da sabedoria do amor para humanidade, consegue lembrar? Depois me conta nos comentários.


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História de Yule


Deste festival, que originou-se o Natal, das tradições nórdicas e celta, e também com a Saturnália dos romanos com trocas de presentes e muita festa. Sendo que cada um deles tinham sua própria forma de celebrar .


A lenda druida nos conta sobre uma luta entre os irmão gêmeos Reis de Litha e Yule, Azevinho regente da parte escura da roda do ano de Litha a Yule e o Rei do Carvalho regente da parte clara da roda do ano Yule a Litha.



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Neste combate saindo como vencedor a parte luminosa do ano o Rei do Carvalho ganhando então a esperança da luz, vencendo com sabedoria e expansão a ignorância e aridez da escuridão, resgatamos novamente o poder da vida, das plantas, da terra e da magia que habita entre nós.


Nesta época os sacerdotes colhiam a planta sagrada Visco Branco e a cortavam com foices de ouro e faziam alquimias de cura e poder, além de amuletos sagrados que eram oferecidos ao participante, sendo essa planta um dos símbolos do Natal


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Visco branco


Quando voltamos nossa atenção para os ritmos da terra, reconhecemos nossos próprios ritmos internos e então nos aceitamos como somos cíclicas.

Como posso me conectar com a energia de Yule?



  • Decorando pinheiros com oferendas para a natureza e os espíritos que nela habita, com bolas coloridas pintadas manualmente com símbolos da natureza e no topo da árvore um pentagrama (esse costume que deu origem a árvore de natal em XVI e o nosso papai noel, nada mais era que o Xamã da tribo sendo levado por renas com auxílio de poções de cura as pessoas que necessitava).


  • Colhendo ervas sagradas e confeccionando travesseiros de ervas e amuletos de proteção, para ter durante o ano em sua cozinha e na sua cama.


  • Decorando uma tora de carvalho com fitas coloridas de vermelho, verde e dourado, colocando três velas, sendo duas verdes simbolizando o Deus e uma vermelha no centro simbolizando a Deusa, esse tronco irá permanecer na sua casa até o próximo festival de yule, onde você irá queimá-lo simbolizando o renascimento.

  • Reconstruindo sua árvore genealógica, saber as histórias de seus ancestrais, conhecer mais a fundo parte de sua família ancestral que estão sendo esquecidas com o tempo.

  • Começando um livro dos sonhos para te ajudar a se manter conectada com sua ancestralidade, registrando ali todos os sussurros da abuelitas.


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Outros símbolos deste Festival de Yule, que você pode usar para montar seu altar e decorar sua casa .


  • Pinheiro

  • Carvalho

  • Guirlanda de pinha

  • Velas verdes, vermelhas e douradas

  • Folhas de louro, azevinho, visco e hera

  • Flores frescas e secas

  • Nozes

  • Sinos

  • Fitas coloridas

  • Galho de pinheiro e Cedro


As pedras sagradas são:

Granada, esmeralda, rubi, diamante e cristal de rocha



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Os incenso e essências são:

Louro, carvalho, Junípero, pinheiro,

alecrim, sândalo e canela




Deusas e Deuses do Festival

Nossa Senhora do Desterro, Attis, Baldur, Jesus, Dioniso, Frey, Horus, Lugh, Mabon, Mithra, Osíris, quectzalcoatl, Ra, Surya e Tammuz e as deusas Amaterasu, Arinna, Bast, Bertha, Grianne, Lucina e Sunna.


O elemento é a Terra e a Direção é Norte


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Ritual de Yule, você precisará de


  • Tora de carvalho (ou alguma madeira)

  • Duas velas verdes e uma vermelha

  • Um caderno (livro das sombras - grimório)

  • Peças de decoração de bruxas, fadas, deusas

  • Pesquisa sobre as suas avós

  • Uma muda de alecrim


Antes de fazer seu ritual, prepare seu altar com bastante concentração utilizando de sua intuição para decorar um cantinho bem especial da sua casa, você pode usar os símbolos de Yule que já comentei acima.


  • Com seu altar pronto, reserve um horário onde você estará tranquila e poderá desfrutar de uma boa caneca de chá e a companhia de você mesma, decore seu caderno para ser seu grimório, seu livro das sombras e nele comece a escrever sua árvore genealógica, você não precisa terminar sua árvore neste dia, mas tenha os nomes de suas avós e bisavós para começar sua pesquisa, escreva como você está se sentindo neste inverno, quais foram suas dificuldades pessoais, sentimentais e financeiras.


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  • Em outra folha, escreve exatamente como você gostaria que seu futuro fosse, descreva com detalhes e faça desenhos coloridos.



  • Após o encantamento de imaginar seu futuro coloque seu grimório em seu altar de Yule, separe a tora de carvalho com as velas e faça um rezo para o Deus e acenda as duas velas verdes, depois acenda a vela vermelha para a Deusa e faça um agradecimento de tudo que você desejou no seu grimório como se já estivesse acontecendo, sentindo a felicidade em seu coração em realizar todos seus sonhos. Deixe as velas queimar durante todo o dia e enquanto isso.


  • Neste mesmo dia plante uma muda de alecrim que irá te acompanhar durante todo ao ano, e só utilize ela no próximo festival de Yule.


Iremos utilizar essa plantinha de alecrim em outros festivais da roda do ano, regue ela todos os dias como se estivesse regando seus próprios sonhos.




Arquétipo da Deusa Xamã


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Nossa Senhora do Desterro por Atelier_rachelgomess


No Festival da Deusa trazemos o arquétipo da Deusa Xamã, para nos confortar no frio do inverno, em conexão com Yule, que nos convida a voltar ao nosso interior, e a entrada na caverna de nossa alma, sentindo o chamado das nossas anciãs…


Nós permitimos a receber as orientações de nossa ancestralidade, de nossas medicinas interna, de tudo aquilo que nos foi deixado por nossa linguagem materna e paterna, do doce beijo das avós, nas histórias que aqueceram nossa imaginação quando crianças, e aquele cheiro da sopa mágica que levantava qualquer um da cama e curava toda dor do copo e do coração.


Carregamos dentro de nós, a força e magia de nossas ancestrais, de toda medicina que um dia foi desenvolvida, compartilhada ou perdida. Em Yule pedimos a Deusa Xamã o retorno de nossas magias, para que possamos abraçar novamente nossa avós enquanto cozinhamos, organizamos nossa caverninha e cuidados de nossas plantas. Para desenvolvermos nossa própria magia, do nosso próprio jeitinho de ser.


E no frio do inverno que deixamos o corpo descansar para a mente e o espírito se conectarem com missões de alma que iremos enfrentar neste novo ciclo, mas de que forma podemos descansar o corpo e nos conectar com nossa alma? Neste momento nos conectamos com nossa Xamã que amorosamente sopra em nossos ouvidos a terapia certa para elevar nossa frequência, curar nosso corpo e acalmar a alma.


Minha Xamã uma vez me disse:

  • A verdadeira cura vem pela boca, de tudo que sai dela, e principalmente das coisas boas que entram por ela.


Como ela tinha razão não existe magia maior do que o ato de bendizer, de falar com o coração e abençoar nossa comida, e nosso corpo.


Compartilho com vocês uma das formas de ativar a Xamã dentro de nós, e tenho certeza de que será bem gostoso para todes vocês.


  1. Cozinhe para você, faça disso um ritual, coloque uma música gostosa que aquece seu coração e cure sua menina se divertindo na cozinha dançando na presença espiritual de suas avós

  2. Utilize temperos naturais, e macere as ervas, as sementes, e ao finalizar, sinta o aromas de cada elemento sagrado que está atuando como agente de medicina em sua alimentação.

  3. Prefira alimentos cozidos e quentinhos, que ajudará sua digestão, deixando que seu corpo se esforce menos.

  4. Faça um dieta em cereais integrais, e os coloque de molho um dia antes de seu cozimento.

  5. Plante ervas de poder e as utilize em sua cozinha.


Essas foram algumas dicas para você se conectar com suas avós, sua ancestralidade, as mulheres que vieram antes, e nada melhor do que a cozinha para esse grande encontro.


Procure saber qual era o prato favorito de suas avós, se elas cozinhavam, se usava pilão e tente reproduzir alguma receita que te levará para bem pertinho dela.


Envie a história da receita preferida da sua avó, com fotos e vídeos de seus pratos cheios de energia de suas ancestrais, para nosso site Gineterapiasite@gmail.com que iremos utilizá-la aqui nesta matéria.


Referências O Anúario da Grande Mãe - Mirella Faur e Festival da Deusa


Escrito pela colaboradora Claudiane Pires

Em Florianópolis - Brasil

Lua crescente em Capricórnio

Yule HS - Litha HN

 
 
 

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