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Nosso blog

Celebramos o crescimento da deusa menina que agora se transforma em Donzela, o despertar das flores, a energia cíclica que agora sai de dentro da terra para fora, germinando as sementes que foram plantadas com a deusa menina.




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Quando celebro Ostara?


Este Festival da roda do ano, acontece por volta do dia 21 setembro aqui no Brasil, e 21 de março no hemisfério norte, recordando o equilíbrio entre o dia e a noite, marcando o equinócio de Primavera a entrada para uma metade da roda solar.





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Nos encontros de mulheres também celebramos a passagem de Perséfone do mundo subterrâneo para o encontro de sua mãe Deméter, trazendo alegria novamente ao mundo.



Em Ostara é tempo de florescer, de sair de dentro da casca e crescer.

Existe um provérbio latino - omnum vivium ex ovo - que diz uma antiga sabedoria de que "toda a vida se origina de um ovo"


Esses ovos são símbolos de fertilidade, nascimento e eternidade desde que o mundo é mundo.


Existe uma das lendas de criação do universo vem de um ovo primordial, botado por uma deusa pássaro e chocado pelo deus sol com seus raios de calor e nutrição.


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Os antigos hebreus acreditando que sua linhagem pudesse perpetuar, comiam ovos, sempre após algum enterro, simbolizando a vida sobre a morte.


O ovo foi usado por muitas culturas em toda parte do globo para simbolizar formas mágicas de cura e exorcismo.


Na idade da pedra, encontrava-se sempre ovos de argila que eram deixados ali em oferendas como símbolo da eternidade do nascimento.


O ovo detentor de potencial de energia criativa da vida e fertilidade era um dos símbolos do festival de primavera dos povos nórdicos e celtas em oferenda a deusa Eostre e Ostara assim como no oriente para Astarte e Ishtar.


Logo mais falarei um pouco sobre o nosso ritual de Primavera onde utilizaremos casquinhas de ovos…



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História de Ostara


Para conhecer essa deusa Vamos ir até Alemanha onde começou a sua lenda durante o mês de abril, conta-se que ela encontrou um pássaro ferido e complacente de sua dor o transformou em uma lebre que poderia botar ovos coloridos, até que um dia, ela ficou irritada com a lebre e a jogou aos céus, fazendo surgir a constelação de lepus, mas recordou a lebre que ela poderia voltar uma vez por ano na primavera para compartilhar seus ovinhos coloridos especiais.


(Agora eu fico aqui me perguntando o que será que esse pássaro lebre deve ter feito a Deusa Ostara? Se você tem alguma sugestão escreve aqui nos comentários. )



Aspectos da deusa


O pequeno Deus está aprendendo andar, correr dançar enquanto a deusa cresceu e se transformou numa linda donzela, a deusa agora tem muita atividade mental e física, muita energia que foi acumulada dentro da Terra com a deusa no seu aspecto de menina.


Agora é o momento de encontrar tempo para fazer exercícios para sentir prazer em seu corpo e no mundo, aprender um novo esporte, explorar todas as possibilidades do seu território e se puder fazer isso em grupo, melhor ainda, pois em ostara é o momento de grande necessidade em ser sociável o aumento da sua autoconfiança e a disposição física irá ajudar neste sentido, é a fase perfeita para Donzela fazer novos amigos fertilizar sementes que foram plantadas pela menina.


Devemos lembrar que a donzela é o lado ativo da sua natureza interior o que ela sente no corpo e no pensamento de forma profunda com a sua intuição. A donzela não aceita injustiça e coloca toda sua energia para defender ou proteger qualquer pessoa em situação de fragilidade ou sofrimento. Sua energia cíclica ajudará a todos a sua volta.


Aproveite esse momento para se comunicar socializar, sair se divertir, fertilizar novos projetos e ideias.


Veja a dança circular da DEUSA DONZELA e aprenda e a dançar






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Como posso me conectar com a energia de Ostara?

  • Você pode fazer oferendas aos seres encantados da sua região, construindo altares de flores e consagrando esse espaço

  • Construindo guirlanda de flores da época e colocando na porta de casa

  • Fazendo velas com casquinhas de ovos, e neles fertilizando a seus sonhos

  • Fazendo incensos naturais em honra as flores

  • Fazendo seu floral pessoal integrado a lua crescente



  • Usando seu grimório e as velas consagradas no último ritual de Imbolc para se conectar com seu altar

  • Dançando livremente para você e sua deusa donzela

  • Plantando uma árvore e flores

  • Consagrar um espaço a deusa ostara no seu jardim

  • Colocando flores em sua alimentação

  • Preferindo por infusões com flores

  • Cozinhando ovos coloridos

  • Cozinhando alimentos com leite

  • Temperando leite com especiarias

  • Colocando sinos e chocalhos em casa



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Os incensos e essências são.

jasmim, íris, bétula, lírio ou narciso



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Deusas e §Deuses do festival de Ostara.

Anna Perena, Chloris, Eostre, Ostara, Flora, Frigga, Gauri, Hebe, Juturna, Kachina,Kono-Hana-Sakuya-Hime, Kore, Libera, Maia, Nana, Proserpina, Rana Neida, Russalkas, Aradia, .Artemis, Athena, A Donzela do Milho, Brztomartis, Callisto, Chioris, Diana, Cifjon, Hina, Macha, Ninli~ Oyá, Oxum, Pele, Perséfone, Skuld, Xochiquetzal


Os animais totêmico

galinhas, galos, lebres ou pássaros,

Direção

Sul


Elemento

Fogo


Fase da lua

Crescente


Cores

Verdes e tons pastéis


Altar de Ostara

Com bastante penas, sinos, folhagens e flores da estação



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Ritual de Ostara.


  • Vela

  • Grimório

  • Sementes

  • Adesivo

  • Casca de ovos

  • Canetinha

  • Taça com leite


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Separe um momento onde você não será interrompida e coloque seu grimório e uma vela consagrada do nosso último encontro do seu lado.


Leia em seu grimório a lista de sonhos e desejos para essa nova roda que fizemos em Yule.


Faça uma oração de acordo com sua deusa interior e se concentre no seu útero na sua fertilidade, respire profundamente algumas vezes com os olhos fechados e visualize uma luz dourada em volta do seu corpo, coloque um sorriso interno de felicidade, e ao abrir seu olhos sorria.


Pegue seu grimório e desenhe em uma nova folha um ovo para cada sonhos que você escreveu em yule, concentrada em sua respiração e sorrindo por dentro, escolha uma semente e coloque no meio do desenho do ovo e fixe com uma fita adesiva, ao fixar a semente diga:


  • Com a benção do meu útero eu consagro a fertilizar o desejo de ….. que a deusa …… me traga clareza, discernimento e concentração para que eu o realize, Esta feito! mostre me!


Continue da mesma forma com todos os desejos, os fertilizando no grimório com as sementes, e ao finalizar o fetío com as sementes, deposite as que restaram em uma casquinha de ovos, faça uma oração final, agradecendo a sua Deusa interior pelas conquista já realizadas, e tome o leite em sinal de integração com a deusa.


Deixe a casquinha com as sementes no seu altar e no outro dia, enterre as debaixo de uma árvore e medite neste lugar por uns minutos.



Deixarei aqui, uma oração a deusa para te inspirar



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Oração a Deusa



"Eu, que sou a beleza do verde sobre a Terra, da Lua branca entre as estrelas, do mistério das águas e do desejo no coração dos homens, falo à tua alma: desperta e vem a mim, pois, sou Eu a alma da própria natureza, que dá a vida ao Universo.



De mim nasceram todas as coisas e a mim, tudo retorna.


Ante meu rosto, venerado pelos Deuses e pelos homens, deixa tua essência se fundir em êxtase ao infinito.



Para me servires, abra teu coração à alegria, pois, vê: todo ato de amor e prazer é um ritual para mim.



Cultiva em tua alma a beleza e a força, o poder e a compreensão, a honra e a humildade, a alegria e o respeito.



E a ti, que buscas me conhecer, eu digo: tua busca e teu anseio de nada te servirão sem o conhecimento do mistério de que, se aquilo o que procuras tu não encontrares dentro de ti mesmo, jamais o encontrarás fora de ti.



Pois, vê, sempre estive contigo - desde o começo - e sou aquilo o que se alcança além do desejo."


(Extraído do Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur)


Referência Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur



Escrito por Claudiane Pires

Imbolc

Lua nova em escorpião




 
 
 

Roda do ano é a forma cíclica e espiralada do caminhar da Deusa sobre a terra, é a dança entre o sol e a lua, é o casamento sagrado entre o feminino e o masculino e a representação dos arquétipos da mulheres e do homem durante sua vida.


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Na roda do ano podemos observar as mudanças cíclicas do temperamento da Deusa e do Deus entre as estações, como os ritos de passagem da terra, que marcam suas celebrações .


Dizemos celebrações ou sabat/sabbat, pois a cada mudança de estação é tempo de celebrar, pois sempre ganhamos ou aprendemos com algo.



Significado de Sabbat/Sabat
Do latim sabbătu-, «sábado», pelo francês sabbat, «idem»
RELIGIÃO descanso religioso, prescrito pela lei mosaica, que os judeus devem observar ao sétimo dia da semana (desde o pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado)
Na superstição popular, assembleia de bruxas, realizada à meia-noite


Sabbat maiores e os menores

Dentro das celebrações da roda do ano, temos o sabbat maiores e os menores, os menores são as estações mais conhecidas entre todos nós, *os solstícios e equinócios*, esses todos nós aprendemos na escola e também com as herança de alguma celebração familiar, e nos contos da igreja católica, com a criança prometida que nascia no solstício de inverno na noite mais fria e longa do ano, que no hemisfério norte é 21 de dezembro e nesta mesma data, celebramos Litha solstício de verão aqui no Brasil hemisfério sul, que é o máximo de nossa luz, mas isso é tema para outra discussão, que inclusive eu já trouxe em outro post, onde falamos sobre o festival da roda do ano Yule, clica aqui para ler também.


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Movimento da terra


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A terra como sabemos leva um ano para dar a volta completa em torno do sol, e ainda de forma de elipse , dando origem as estacões do ano a roda do ano da deusa e ano novo, que significa que a terra finalizou a usa roda e começa outra, sempre em seu eterno ciclo.




Veja as celebrações dos sabbat menores


  • Ostara - equinócio de primavera - 21/09/20

  • Litha - solstício de verão - 21/12/20

  • Mabon - equinócio de outono - 20/03/21

  • Yule - solstício de inverno - 21/06/21


Agora as celebrações dos sabbat maiores

correspondem ao antigo calendário gaélico


O gaélico era o povo celta ou gael, que viviam na Irlanda aproximadamente 500 a.C. dando origem ao povo irlandês e ao mundo de conexão com os elfos, fadas e as pedras sagradas.
  • Beltane - 31/11/20

  • Lammas - 02/02/21

  • Samhain - 01/05/21

  • Imbolc - 01/08/21


Dentro dos estudos do método da Gineterapia, trazemos os arquétipos da Deusa dentro dos sabbats maiores.


  • Imbolc - Menina

  • Beltane - Donzela

  • Lammas - Mãe

  • Samhain - Anciã

Nos acompanhe aqui no site e veja a história, aspecto da deusa, rituais, pedras, ervas e como se conectar a cada celebração de forma mais profunda.


E se voce ainda nao esta no grupo do telegram, clica aqui https://t.me/gineterapia para participar de nossas celebrações gratuitas e aprofundar nossos estudos sobre o Caminhar da Deusa durante o ano


Nosso próximo encontro já está marcado, em Ostara, te espero no chat do canal da Gineterapia, onde os links dos encontros são sempre enviados por la, combinado?


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Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o tema


Como foi o processo de nos conectarmos com a roda do ano?


Há muito tempo atrás, a humanidade via a Terra como a representação da Grande Mãe, a senhora que tudo dá e também que tudo tira, a deusa do nascimento, crescimento, florescimento e da morte. Tudo vem dela e tudo volta para ela. Uma deusa andrógina, que se auto fertiliza e carrega dentro de si a harmonia do feminino e do masculino, dando a luz ao Deus Sol, que logo cresce e se transforma em seu companheiro amoroso, a engravida e depois morre. Porém, deixa sua semente de vida no ventre da Grande Mãe, iluminando a esperança de luz e calor no mundo, voltando a nascer, crescer e morrer em um ciclo sem fim de vida-morte-vida.

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Nossa ancestralidade e a Roda do ano.



Nossos ancestrais tinham uma grande dificuldade para conseguir alimento, abrigo e água fresca. Eles deveriam estar sempre em alerta, para sentir a menor diferença na brisa ou o amarelamento das folhas à sua volta. Tudo deveria ser muito bem observado, pois sua segurança dependia disso. Dessa forma, desenvolveram uma grande sensibilidade com os efeitos naturais e climáticos de cada região. A contemplação do sol e da lua, lhes davam referência de como seria aquela estação e de como eles poderiam se preparar, e o que poderiam esperar dela. Suas preocupações sobre o momento eram onde caçar, plantar, montar abrigos... Tudo isso dependia de uma boa leitura do tempo e das estrelas.

Eles viam a Terra como uma grande roda circular, e usavam sua mente subconsciente para se conectar em seu tempo de ciclo de vida-morte-vida. A vida nascia e passava por ciclos e ritos de passagem, como o de uma mulher, e novamente voltava a morrer, dando espaço para a nova vida então ressurgir.


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Ver a natureza como uma Grande Mãe geradora e nutridora ajudou esses povos a ver a mulher como sagrada e nutridora também. Assim como a Grande Mãe, que passa por seus processos de vida na primavera e logo começa a morrer no outono, a mulher também passa pelos mesmos processos durante o mês, sendo eles ligados pelos ritmos da Terra e também da lua.



Mensagem para você

Viva conectada(o) com a mãe de todas as origens, viva os seus ritmos naturais e os abençoe a cada estação. Sinta seu sabor a cada fruta da época e entenda que tudo tem um processo, e que precisamos ter a paciência necessária para poder desfrutar de cada coisa.


Você sabe quais são as frutas da estação da sua cidade?

Te convido a observar os bosques, parques e a feira de sua vizinhança e tentar se sintonizar com essas frutas, que estão cheias de mensagem de cura e amor.




UMA SÍNTESE DO QUE VAMOS ESTUDAR NESTA RODA DO ANO

Os demais arquétipos dos sabbats menores ( são estudos do festival da deusa, com a metodologia da gineterapia e da Miranda Gray)




A Deusa agora renasce como uma menina, trazendo o frescor da Terra, reanimando a Terra, acordando os animais e trazendo com ela a conexão primordial, o saber puro, a inocência da vida, a célula semente da Terra. A síntese de todos arquétipos passados se renova, nascendo como a promessa da vida.


  • Menina;

  • Ar;

  • Leste;

  • Lua nova;

  • Amanhecer;

  • Momento em que a mulher está terminado sua lua;


Ostara

Chegou a primavera e, com ela, a Deusa cresceu e transformou-se em uma bela Donzela, que quer saber e conhecer o mundo pelos sentidos do seu corpo. Ela floresce, cresce sua visão de vida.

  • Donzela;

  • Fogo;

  • Sul;

  • Lua crescente;

  • Equinócio de primavera;

  • Meio-dia;

  • Momento pós-lua;


Beltane

A Deusa donzela está pronta para seu encontro com o Deus. Sua energia é complementar à energia do seu amado e os dois se unem neste festival. Ela também descobre o casamento interno com ela mesma e todas suas necessidades como mulher. E, então, descobre no seu amado uma oportunidade para seguir evoluindo em um casamento a dois.


  • Sacerdotisa;

  • Fogo;

  • Sul;

  • Lua crescente;

  • Meio-dia;

  • Momento pós-lua;


Litha

A luz do sol predomina e chegamos ao clímax da natureza no solstício de verão. A deusa está grávida, carrega dentro de si a semente do sol, que neste momento, já começa a declinar, ofertando o melhor de si para a Terra, produzindo os melhores frutos para a próxima colheita.

  • Rainha;

  • Fogo;

  • Sul;

  • Lua cheia;

  • Solstício de verão;

  • Meio-dia;

  • Momento da ovulação;


A Deusa agora é mãe e ela cuida de todos os seus filhos, dando-lhes muita fertilidade, abundância e alegria por viver nesta Terra, que está cheia de vida.

  • Mãe;

  • Água;

  • Oeste;

  • Lua cheia;

  • Crepúsculo;

  • Momento da ovulação;



Mabon

A Feiticeira comanda os mistérios da materialização na Terra. Envolta no oceano escuro das possibilidades, ela prepara os 04 elementos para recomeçar sua jornada de destruicão e criação.

  • Feiticeira;

  • Água;

  • Oeste;

  • Lua minguante;

  • Equinócio de outono;

  • Meia-noite;

  • Momento pós-ovulação;



Samhain

Aqui, a deusa finaliza seu processo dentro da Roda do Ano, como a face da Deusa Anciã, sendo esse o terceiro e último Festival da Roda do Ano, o ano novo celta, sendo representado pela:

  • Anciã;

  • Terra;

  • Norte;

  • Lua nova;

  • Meia-noite;

  • Momento em que a mulher está lunando;


Yule

Neste momento, a esperança do retorno da luz do sol guia a humanidade, ao mesmo tempo em que vamos ao encontro da noite mais longa do ano. Começa, no mesmo momento, o retorno da luz, diminuindo as sombras do inverno. Somos ancorados pela Deusa no seu aspecto Xamã, que recebe a iluminação direta do céu para a transformação da vida na Terra, com a chegada da menina.

  • Xamã;

  • Terra;

  • Norte;

  • Lua nova;

  • Solstício de inverno;

  • Meia-noite;

  • Momento em que a mulher está lunando;




Estude a Roda do Ano e a Roda do Feminino dentro dos ensinamentos sagrados, pois tudo que está na natureza reverbera dentro de uma mulher. Nós mulheres carregamos dentro de nós os ensinamentos que foram passados de geração em geração, assim como as pedras que carregam dentro de si toda a memória da Terra. Ser mulher é ter uma grande capacidade de conexão natural com a Grande Mãe, pois somos reflexos de seu poder.


Referência: Gray, Miranda Lua vermelha

e Festival da Deusa Brasil


Escrito pela gineterapeuta

Claudiane Pires

Sabbat Imbolc

Lua cheia em peixes









 
 
 

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“Vou morrer, renascer, vou morrer, renascer, renascer, a roda está girando, a roda está girando”, Mônica Giraldez nos presenteia com esse canto mágico e nos ensina que o ciclo da vida vive em nós.


Nessa Lua Cheia em Peixes, quando as seivas ascendem para a copa, e estamos em plena ascensão vital conectando-nos com a Lua brilhante que nos honra sua força sob nossas cabeças, corações e úteros, escrevo esse texto sobre ser sementes em movimento pleno de renascer após a morte.


Outro dia li algo assim pelas redes sociais, quando você de fato encerra um ciclo, o universo entende, e te abre outro. Há um recado forte que aprendi com a Donzela nos ensinamentos gineterapêuticos, temos que treinar nosso foco. O foco do desejo verdadeiro. E para isso temos que enfrentar sim a morte, porque nela está a vida.


Tive o privilégio de ter muitos mestres e mestras, e elas me guiaram para dentro de mim, porque deixei. Porque sobretudo me permiti morrer. Não há como falar em renascer e em sementes se não enterramos os ossos daquilo que já morreu.


Nós mulheres temos em nós, no nosso ciclo lunar pessoal, momentos exatos e oportunidades cíclicas de morrer e renascer. Miranda Gray, uma das minhas mestras, me trouxe essa sabedoria. Não dá pra vivermos o renascer pós menstruação, a plena Donzela, se não nos deixarmos morrer na nossa pré-menstruação, na Feiticeira. Um renascer só é em si cheio de brilho se abraçamos com força e vontade a morte que nos cerca todo dia, todo ciclo. Todo dia o dia se vai, e no amanhecer, Deusa Menina vem e nos fala: seja você, livre das projeções. Novamente você tem a sua chance, seja você! A cada Lua Nova podemos, em conexão plena com a natureza, nascer de novo.


DICAS PARA A SUA LUA


Aqui umas boas dicas - de Moon Mother ® - as quais podem ser mais fáceis para a mulher na sua fase da menstruação que no sistema Womb Blessing ® é a fase da bruxa Anciã:


  • Dormir!!! - sempre é muito bom...dormir é um momento de entrega, de contato com o descontrole, com o inconsciente, é restaurador.

  • Deixar o passado para trás!! - sim, deixe para trás, amigues, não temos porque levar o passado conosco, é peso demais e não abre espaço para o novo.

  • Comprometer-se com quaisquer mudanças ou ações que você queira efetivar no mês seguinte. - sim, temos que ter propósitos para o amanhecer, para o renovar, para o dia que virá. Propósitos do Eu, e não do ego.


NATURAL É RENASCER, PORQUE MORRER É NATURALMENTE NOSSO


A dificuldade em compreender que há coisas e pessoas na nossa vida que se vão e aquilo que nutríamos junto dela ou daquilo acaba, tem tudo a ver com apego. Não queremos movimentar nosso corpo, nossos corações e nossos desejos para o desconhecido - agora, lembre-se: o mistério faz parte da totalidade da mulher - Deusa Nut - é ela que nos ensina. Nos apegamos ao que já é - bom ou ruim - e não nos movimentamos, não deixamos a natureza cumprir com seu ciclo de fim. Tudo morre, tudo acaba, todas as coisas, tudo é impermanente.



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Vejo que parte da dor de deixar o apego está no medo do Mistério, do desconhecido que tudo que é novo trás. A falsa noção de controle que o apego proporciona é ilusória. A totalidade reside no soltar, na cair totalmente ao mistério.


“Tente me alcançar

toque em mim

Estou sempre além do seu alcance

Não tente imaginar como eu sou

porque você não pode

Sou o sempre presente e insondável

desconhecido

sou a imensidão do céu estrelado

Estou além da compreensão humana

na amplidão do meu ser

Sou um mistério

até mesmo para mim.”

Nut - Mistério



Um pouco mais sobre o apego…


Apego é uma das emoções não virtuosas mais complexas para mim. Meu encontro com o budismo tibetano me faz aliviar um pouco o sofrimento de vivermos com o apego. Um aprendizado que costumo praticar é: COM APEGO, SEM AMOR.


É sempre bom lembrar que para a filosofia budista apego/aversão são faces da mesma moeda. Isso é algo importante para meditarmos na vida. Podemos numa outra Lua conversarmos mais sobre isso.


“Guerras são deflagradas devido ao apego das pessoas aos seus países ou ideologias. Normalmente, os conflitos surgem nas famílias e nas comunidades porque sempre há alguém pensando que sua forma de ser ou de fazer é a melhor. Como em uma colisão de icerberg, um “eu” se choca com outro.“ (Chagdub Tulku)



SEM APEGO, COM AMOR - por hora, está aí um bom mantra para reflexão.

RENASCER É ABRIR O CORAÇÃO E CONFIAR NA VIDA


Por que temos medo da morte? Porque tememos renascer. Nascer não é fácil, né, querides. Mas é inegavelmente mágico. O ciclo mágico da vida é fantástico, mas nunca prometeu ser sempre fofuras.


Para renascer, trazemos a dor do nascer e do morrer, então o desafio é maior.

E o tanto que é desafiador, é também imensamente belo.


A roda precisa girar, porque a roda da vida segue.



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Há um segredo que costumo usar nos processos de renascimentos mais profundos.

Abrir o coração e soltar.

Na vida devemos agarrar com toda a força que podemos aquilo que nos é precioso e mortal, e quando vemos que aquilo está indo embora para o fim, com toda a nossa força que sabemos ter, soltamos. Soltamos totalmente.

É uma abertura, uma abertura.

Uma entrega para a vida sem ego, só você e a vida.

Sorria.

Isso é amar.


RITUALIZANDO


Para fazer de noite.

Num lugar reservado e seguro. Sente-se confortavelmente. Com corpo relaxado, mas tonificado.

Inspire e expire lentamente. Tente agora inspirar em um tempo e expirar em um tempo um pouco maior que a inspiração. Inspire, expire com a lentidão de uma tartaruga. faça da forma confortável. Lentamente. Repita alguns ciclos desse treino.

Sinta sua respiração.

Pergunte-se com amorosidade: o que preciso deixar ir?

Inspire, expire, lentamente. Deixe ir.

Repita o exercício com mais uma ou duas resposta diferentes. Foque em poucas respostas nesse ciclo.

Agora, desenhe ou escreva, o que precisa ir.

Dê todo o seu amor para isso.

Inspire, expire como tartaruga.

Deixe ir. Queime os desenhos ou os escritos.

Deixe ir.

Assopre as cinzas ao ar livre.

Peça ao vento para te ajudar a soltar e deixar ir.

Agradeça profundamente.

Inspire amor, expire como tartaruga.

Ame-se!

Você abriu espaço dentro de você. Contemple com gentileza esse momento. Tome um copo de água. Descanse.Sonhe.

Deixe o amanhecer do dia seguinte te presentear com a energia do novo.

Dance “ O Ciclo Mágico”.



Assim escrevi!!

Gratidão pela Partilha.


Beatriz Brusantin, Lua Cheia em peixes, Imbolc, Belo Horizonte (MG).

@tresraizes


Nesse texto eu citei:


DROLMA, Shenpen. Para abrir o coração:treinamento para a paz de Chagdub Tulku. Três Coroas: Makara, 2007.

GRAY, Miranda. Descubra as deusas dentro de você. São Paulo: Êxito Editorial, 2016.

SILVA, Zilda H. S. O Oráculo da Deusa. Um novo método de Adivinhação. São Paulo: Pensamento, 2007.





 
 
 

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