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Nosso blog

Você acha que conhece seu corpo?


Conhece mesmo, de verdade?


Bem, eu sugiro que você reveja essa afirmação se você não sabe tudo sobre a sua vagina!


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A proposta do Viva a Vagina é justamente te apresentar a esta parte do corpo ainda cheia de tabu e crenças. As estudantes de medicina e educadoras sexuais Nina Brochmann e Ellen Støkken Dahl utilizam seus conhecimentos médicos e muito bom humor, para falar sobre orgasmo feminino, os hormônios menstruais, métodos contraceptivos e como melhorar sua vida sexual!


Então siga aqui no artigo para você aprender mais sobre você!


Aprendendo sobre nosso corpo

Durante muito tempo, tudo que a humanidade criou, pesquisou e descobriu foi de homens para homens, com as mulheres fora das universidades, muito do que se sabe sobre o corpo feminino foi descoberto por homens, o que gerou muitas crenças erradas perpetuadas até hoje.


Mas de um tempo para cá vamos recuperando nosso espaço, vamos resgatando nosso lugar no mundo e claro, vamos fazendo história, psicologia, biologia e tudo que mais precisar, de mulheres para mulheres.


Este livro é mais uma pedrinha neste longo caminho de autoconhecimento e descoberta que nós mulheres estamos fazendo.


Nina e Ellen escreveram este livro para incentivar as mulheres e se conhecerem e serem donas dos seus corpos. Elas trazem fatos históricos para mostrar como existe muito ainda por estudar sobre o corpo feminino e como há um desinteresse pelos médicos em geral.


“É escandaloso que a profissão médica tenha demonstrado tão pouco interesse numa estrutura que, na pior das hipóteses, pode significar a perda da honra ou da vida para mulheres até hoje. Um agravante ainda maior é o fato de que as informações disponíveis não chegam a quem precise delas. Nesse sentido, temos todas um trabalho importante a fazer. É hora de arregaçar as mangas."


As autoras defendem que, uma mulher se empodera quando conhece seu corpo a fundo e elas trazem bem explicadinho nas 344 páginas informações sobre Anatomia do corpo feminino, mitos sobre virgindade, fala sobre métodos contraceptivos, explica sobre os efeitos colaterais dos métodos hormonais, fala sobre menstruação, sobre doenças sexualmente transmissíveis, distúrbios menstruais, incontinência urinária e muito mais, com ilustrações explicativas e engraçadas.



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As autoras reafirmam a importância de difundir o conhecimento sobre o corpo feminino, a fim de que o mundo conheça nossos desafios e assim a saúde feminina receba a importância que merece, pois as pesquisas voltadas para esta área são minoria no mundo da medicina e isso contribui para a ignorância a respeito do sistema reprodutivo feminino e da própria mulher como ser humano.


Quebrando Tabus sobre Orgasmos e Sexualidade Feminina

O prazer da mulher sempre foi um tabu gigantesco, talvez o maior de todos. Tanto que as religiões ocidentais se esmeraram muito para criar alegorias que sustentam o quanto o corpo feminino é o abrigo do pecado.


No Viva a Vagina as autoras falam sobre isso. Começando com uma aula de como bebês são feitos, pode parecer básico para muitas de nós, mas sabemos como a educação sexual é algo mal trabalhado em nossa sociedade.


Mas mesmo para quem já sabe bem do assunto, há algumas curiosidades interessantes, como o tempo que o espermatozóide demora para chegar ao óvulo e penetrá-lo. Ou como anatomicamente uma vagina não é assim tão diferente de um pênis (pois é foi uma descoberta para mim também!)


“É a melhor e a pior coisa que pode nos acontecer, dependendo do momento em que estamos na vida. Portanto pode parecer estranho escrever uma seção sobre gravidez que seja destinada a todas, mas na verdade é bem simples. O conhecimento sobre como engravidamos é o melhor remédio tanto para quem quer prevenir a gravidez quanto para quem quer um filho. "


Elas também desmistificam os tipos de orgasmo e nos contam como nossa visão sobre ele é maculada por filmes pornôs e literatura eróticas.


“o fato de mulheres se queixarem de nunca terem conseguido um ‘orgasmo vaginal’ mostra como a compreensão da sexualidade feminina tem sido definida pelas necessidades do homem através dos tempos“.


Elas falam também sobre a importância dada à virgindade e porque isso é um mito (extremamente patriarcal né minha filha!)

Em diversas culturas ela é símbolo de pureza. O Hímen é vislumbrado como um prêmio a ser dado a um amor épico, e somente a ele, sob pena a mulher ser condenada como imoral. Muitas foram as narrativas elaboradas para podar a liberdade feminina.



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Os diversos métodos contraceptivos


Como nos protegermos para evitar uma gravidez indesejada é muito bem explicado no livro.

As autoras falam de métodos hormonais, métodos não hormonais, sobre contraceptivos de emergência e também fala sobre aborto.


Um dos capítulos é sobre a apologia aos métodos hormonais e sobre alguns efeitos colaterais que nos fazem ficar na dúvida sobre estes métodos. Elas explicam também que os métodos hormonais não são extremamente perigosos como muito se vê na internet, o que eles fazem, na verdade, é enviar uma mensagem ao cérebro de que você está passando por uma gravidez fictícia.


Para nós, que buscamos uma conexão com nosso ciclo menstrual, que desejamos nos conectar com as 4 fases, os contraceptivos hormonais não são legais. Mas é preciso desmentir alguns artigos que rodam pela internet.


"É importante para nós abrandar o alarmismo que tem se difundido. A mídia às vezes dá a impressão de que não conhecemos os efeitos colaterais associados aos contraceptivos hormonais, como se jogássemos roleta-russa com a saúde das jovens. Esse não é o caso. Você pode ter certeza de que a caixinha de comprimidos que você compra na farmácia contém um dos medicamentos mais estudados do mundo. "


E elas ainda completam que, para uma mulher com tendência à trombose, uma gravidez seria ainda mais perigosa para sua saúde que o anticoncepcional.


Falando sobre Aborto


A Nina e a Ellen, falam também sobre o aborto, segundo elas "deveria ser escolha da mulher assumir ou não esses encargos, já que recaem sobre ela em tão grande medida. Não existe qualquer outra área política em que achamos tudo bem impor a um cidadão um custo pessoal tão alto para satisfazer as normas morais da sociedade como fazemos ao impor a uma mulher a gestação de uma criança contra sua vontade. "


É um trecho pequeno, no entanto esclarecedor, elas explicam como os países que descriminalizaram o aborto ele diminui de ano para ano, isto porque se investe mais em informações para as mulheres.


É uma leitura gostosa, leve e divertida, sem contar que, é muito bom ter tantas informações em um único lugar. É empoderador e apesar de ser feito de mulheres para mulheres é uma ótima leitura também para os rapazes.


Pensar nas coisas que faltam em nós mesmas tende a consumir nossa atenção. Você não é obrigada a ter uma performance ou fazer certo tipo de sexo só porque os outros esperam isso de você. O mais importante é que aprenda a sentir prazer consigo mesma e seu corpo, do jeito que você é, tanto sozinha quanto com um ou mais parceiros. Nem todo mundo é igual e vai conseguir tudo. No final das contas, o corpo é apenas um corpo, mas é o único que você terá, por isso é muito valioso”



por Thalita Ferreira

@Divinaancestral


Escrito em Litha, Lua Nova, Porto (Portugal)


 
 
 


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Trago hoje uma entrevista com Natalia Mivo: Gineterapeuta e idealizadora dos projetos Costuras de Saberes - cuidados naturais para a saúde e a beleza e SerSualidade - feminilidade curada e livre.


Mas, primeiramente, vou te contar um pouco do meu processo pessoal com os cuidados com o corpo.


Na minha vida, o processo de despertar espiritual trouxe muitos questionamentos em relação em como cuido do meu corpo. Comecei a ficar mais consciente da minha alimentação (e sobre as medicinas que tomo) e de tudo que uso nele (de cosméticos a roupas).


Durante os últimos 5 anos tenho feito transição para o natural e hoje uso somente produtos naturais no meu corpo. No cabelo, já usei com bicarbonato e vinagre, já experimentei diversos xampus naturais, sólidos e líquidos. Hoje uso o xampu da Costura de Saberes.


Para desodorante eu sinto que é melhor ir trocando de tempos em tempos, usar uma coisa muito tempo me gera reações alérgicas. Vou trocando de produtos a cada 6 meses ou um ano. Eu também gosto de ficar alguns dias sem desodorante, sentir o odor natural do meu corpo. É uma maneira que eu avalio como está a minha alimentação e entro em contato mais profundo com o meu corpo (os odores são muito poderosos!).


Eu escovo o meu dente com Óleo Essencial de Tea Tree já fazem alguns anos. Anteriormente eu comprava pastas de dente natural, mas são difíceis de achar em alguns lugares e podem ser caras. O Óleo Essencial de Tea Tree dura mais ou menos 6 meses e o custo é bem acessível.


Eu hidrato a pele com óleo de coco, óleos medicados e hidratantes da Costura Saberes ou óleo de copaíba. Há muitos produtos naturais disponíveis para a hidratação da pele, eu vou escolhendo intuitivamente o produto necessário no momento.


Você deve estar pensando... claro, mas ela é rica para poder comprar todos estes produtos. Eu te digo que você NÃO precisa ser rica, precisa CONHECER as pessoas certas! E o que é maravilhoso é que quando você se interessa por algo e coloca a atenção nisto, cada vez mais chegam pessoas afins, mais informações e experiências para você. CONFIE.


As pessoas que fazem cosmética natural geralmente aceitam trocas – eu faço MUITAS trocas por cremes, xampus, sabonetes. E você pode fazer muito com poucos ingredientes, como vamos ver logo abaixo na entrevista com a Natalia da Costura Saberes.



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Siga-a no instagram:


@costurasaberes

@sersualidade

@sitioparaisodascores


Natalia, conte-nos um pouco sobre a sua trajetória com as plantas e os cosméticos naturais.


A minha trajetória parte da Terapia Ocupacional, que é a minha formação, onde eu sempre tive muito interesse pelos fazeres que se perderam no tempo, o que as nossas avós faziam e o que deixamos de fazer. Este interesse se aliou à minha história familiar tias paternas que me trouxeram grande conexão com as ervas. As ervas vieram para a minha história e trouxeram a busca pelo contato com a Terra. O Paraíso das Cores (sítio onde a Natalia cultiva suas ervas e muitas outras plantas de forma orgânica) entrou na minha vida, onde desde o princípio eu tive a intenção de trabalhar com as ervas. E lidando com as ervas foram vindo as formas de manipular, primeiramente com os chás e depois com a medicina natural. E depois vieram os cosméticos. O sabão foi o primeiro cosmético que eu desenvolvi e me apaixonei. Os outros produtos foram chegando e não param de chegar, pois estou sempre estudando, me conectando com as plantas e aprendendo.



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Por que devemos consumir o natural e não o industrial?


No meio do caminho desta trajetória, eu me conectei com a Medicina Chinesa. Com o estudo da Fitoterapia e com uma viagem de estudos para a China, eu percebi que eles usavam as ervas em natura. Todas as substâncias que usamos hoje que são manipuladas em laboratório, elas partiram de uma molécula natural – de uma planta, mineral ou animal – para depois ser copiada. Na Medicina Chinesa, toda substância química que entra em contato com nosso organismo desequilibra o fígado. O fígado é responsável por limpar as impurezas do sangue e do corpo (além de fazer uma filtragem energética e emocional), então todas as substâncias químicas que ingerimos estagnam o fígado comprometendo a nossa saúde física e emocional. Quando buscamos substituir esses produtos industrializados com a alimentação e as medicações, trazemos à tona a questão dos produtos que passamos no corpo. Pois muitas de nós estamos buscando comer orgânicos mas usamos produtos tóxicos de farmácia em nosso cabelo e nossa pele. A cosmética tradicional é um mercado muito grande, amparado na ideia superficial de beleza e de se manter jovem a todo custo. Hoje consumimos produtos muito tóxicos diariamente: xampu, condicionador, esmalte, maquiagens, pasta de dente. Muitos destes produtos contêm metais pesados, substâncias cancerígenas e substâncias que são proibidas em muitos países. No Brasil não há uma legislação eficiente para estes produtos.




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Para saber mais:


Xampu da Costura de Saberes


Sítio Paraíso das Cores




Gostou? Esta entrevista continua …..



Por Inês Braga

@florirmagias

@abracadabramagias

Escrito na Lua Minguante em Samhain

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 
 
 

Esta semana eu trouxe uma leitura bem curtinha, mas muito importante, principalmente com atual momento que vivemos.


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O “Sejamos todos Feministas” da Chimamanda é na verdade um resumo de uma palestra que ela deu no TEDX dos EUA em 2012 onde ela faz um convite à sociedade e ter um ideal feminista.

Pensar a questão de gênero é uma questão urgente no mundo, vemos diariamente a mulher sendo oprimida e até morta por ser mulher.


Eu acho muito interessante a leitura, pois ela cita alguns estereótipos da mulher feminista. Um destes estereótipos é o de que todas as mulheres feministas são infelizes e ela se auto intitula “feminista feliz”. A seguir dizem a ela que feminista não gosta de homem e ela começa a falar que é uma “feminista feliz que adora homens”! :D


E é algo que me pôs a refletir, pois as pessoas criam uma imagem em sua cabeça e perpetua aquilo no seu dia a dia. Eu já discuti muito sobre feminismo e uma vez me aproveitei da comunicação não violenta para conversar com uma mulher que se diz não feminista. Durante a conversa eu lhe perguntei se ela acha justo a mulher receber menos que o homem pelo mesmo serviço, se concordava com a nossa carga de trabalho ser maior que a masculina, ou se era normal mulheres morrerem nas mãos dos homens pelo simples fato de serem mulheres.


Claro que ela não concordou, nenhuma mulher em sã consciência poderia concordar. Quando eu conclui que, ao ser contra tudo aquilo ela era feminista, ela ficou sem palavras. Acredito que desconstruindo o estereótipo criado em sua cabeça!


A Chimamanda no “Sejamos todos feministas” coloca isso de uma forma brilhante, desconstrói a visão que muitos têm do feminismo, uma visão que foi criada para deslegitimar a luta da mulher por direitos iguais.


Um trecho do livro que me chamou bastante atenção foi quando a Chimamanda fala sobre o não pertencimento da mulher negra e africana ao feminismo, muitas mulheres negras acreditam que esta luta é de mulheres brancas e norte americanas ou européias, mas ela se coloca brilhantemente diante disto:


A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo e é assim que devemos começar. Precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente.


Outro ponto interessante da leitura é que a Chimamanda explica muito bem como o machismo faz mal aos homens também, eles são criados para esconder seus sentimentos e precisam provar sua masculinidade o tempo todo. E ela cita a fragilidade da masculinidade. Ao ser preciso se provar viril e forte o tempo todo, tudo passa a ser “coisa de mulher” e nas palavras da autora, “quanto mais forte um homem precisa ser, mais frágil seu ego será”


E para não ferir o ego fragilizado masculino as mulheres acabam por fazer péssimas escolhas, como a amiga da escritora que vendeu o próprio apartamento para não intimidar o namorado que não tinha casa própria, ou se casar para ser respeitada no ambiente de trabalho!


É bom salientar, que ela fala da realidade da Nigéria, país onde vive, mas em maior ou menor grau, todas as culturas são influenciadas pelo machismo, trazendo para realidade brasileira e portuguesa, eu escuto até hoje as senhoras falando para as adolescentes que sabem cozinhar, que elas já podem casar! Para um homem diriam que ele já pode abrir um restaurante, mas a mulher está ainda fadada ao casamento em nossa cultura!


Um outro paradigma abordado pela Chimamanda é a questão da beleza, que já foi bem apresentada no livro O mito da Beleza, aqui no “Sejamos todos feministas” é feito uma crítica ao fato de que a beleza da mulher é inversamente proporcional a sua inteligência e cultura.


E ela cita como exemplo a sua apresentação na turma de pós graduação:


Na primeira aula de escrita para uma turma de pós-graduação, fiquei apreensiva. Não com o conteúdo do curso, já que estava bem preparada e gosto da matéria. Estava preocupada com o quê vestir. Eu queria ser levada a sério. Sabia ser, por mulher, eu automaticamente teria que demonstrar minha capacidade. E estava com medo de parecer feminina demais, e não ser levada a sério. Queria passar batom e usar uma saia bem feminina, mas desisti da ideia. Escolhi um terninho careta, bem masculino, e feio.


Ou seja, por mais que a gente crie consciência do patriarcado e de suas amarras, é provável que você acabará por se sentir vulnerável às vezes e acabará por “dançar conforme a música”. Mas é preciso estar sempre desconstruindo essas crenças, só assim a gente conseguirá caminhar para uma sociedade pós patriarcal.


Então convido você a colocar esta leitura curtinha (eu lí o livro em 3 horas) mas necessária na sua lista, para sabermos nos posicionar e caminharmos para uma sociedade pós patriarcal, justa e igualitária!


por Thalita Ferreira

@Divinaancestral


Escrito em Beltane, Lua crescente, Porto (Portugal)





 
 
 

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